Maria João e Carlos Bica são dois nomes incontornáveis do jazz português. A
colaboração entre estes dois nomes remonta à década de 80 e ficou registada
nos álbuns “Conversa” (1986) e “Sol” (1991). Depois de 10 anos a tocarem
juntos e muitos concertos pelo mundo fora, os seus caminhos separaram-se.
Passados 25 anos, voltam a reunir-se com a cumplicidade de André Santos
(guitarra) e João Farinha (teclas), dois talentosos músicos de uma nova
geração, para em palco partilharem canções do mundo.
Maria João,
cantora possuidora de um estilo único, tornou-se uma referência no campo da
música improvisada. Uma capacidade vocal notável e uma intensidade
interpretativa singular valeram-lhe não só o reconhecimento internacional,
como a figuração na galeria das melhores cantoras da atualidade. Unânimes no
aplauso, crítica e público nomearam-na “uma voz levada às últimas
consequências”, declarando-a “uma cantora que não pára de evoluir”. A
carreira de Maria João, tem sido pautada pela participação nos mais
conceituados festivais de música. É também a única artista portuguesa a ter
sido nomeada para o European Jazz Prize.
Carlos Bica é um músico
português com projeção internacional. Entre os vários projetos musicais que
lidera e para além das suas participações em outras áreas como teatro,
cinema e dança, o seu trio AZUL com o guitarrista Frank Möbus e o baterista
Jim Black, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista. Ao longo da sua
carreira, o contrabaixista, o compositor e o arranjador têm sempre
coexistido de modo coerente e frutuoso.
Elementos provenientes de
distintas latitudes musicais – que vão do jazz à música erudita
contemporânea, passando pela música tradicional portuguesa e pelo fado –
coexistem, sendo muitas vezes difícil destrinçar o papel desempenhado por
cada um deles na construção do seu universo musical. É precisamente nessa
confluência de estilos e influências – habilmente absorvidos e processados –
que radica a principal mais-valia da sua obra.
Trabalhou e gravou na
área da música popular com José Mário Branco, Carlos do Carmo, Camané,
Cristina Branco, Pedro Caldeira Cabral, Janita Salomé e participou em
inúmeros festivais de jazz tendo colaborado ou gravado com músicos como Ray
Anderson, Kenny Wheeler, Aki Takase, Alexander von Schlippenbach, Lee
Konitz, Mário Laginha, Albert Mangelsdorf, Paolo Fresu, João Paulo Esteves
da Silva, Daniel Erdmann, DJ Illvibe, Kurt Rosenwinkel, David Friedman, John
Zorn entre outros.
MARIA JOÃO & CARLOS BICA QUARTET (PT)
Maria João - voz | Carlos Bica
- contrabaixo | João Farinha - piano, teclados | Gonçalo Neto - guitarra
*O programa inclui 2 concertos duplos com duração de aproximadamente 45
minutos/cada sem intervalo (com 15 minutos para mudanças de cena),
acessíveis através de apenas um ingresso, e 1 concerto ao final da tarde de
Domingo, com uma Orquestra de Jazz. Os concertos duplos possibilitam, na
mesma sessão, a apresentação de diferentes projetos através dos quais se
pretende destacar fundamentalmente as já mencionadas qualidade e diversidade
estética.
Classificação etária: > 6 anos
Preço: 8,00 euros
João Paulo Esteves da Silva, Mário Franco e Samuel Rohrer combinam todas
aquelas qualidades que costumam garantir o êxito deste formato de jazz
"clássico", com um pé na música de câmara: um entendimento intuitivo, a
fluidez e transparência da comunicação entre os músicos, as suas ações e
reações, sequências solísticas que prolongam a fluidez do som e a cultura e
nobreza musical. O trio não se define pela alegria ou melancolia melódica ou
pela busca pura de harmonia. A sua procura desenvolve-se na abertura à
improvisação, dispensando intenções banais para as suas peças e composições.
Transforma aquilo que encontra em imagens sonoras concisas, que mantêm o
rigor e a concentração, não se rebelando sob os dedos dos músicos.
A
música do pianista João Paulo Esteves da Silva é moldada pelos mundos do
jazz, da canção, da música clássica e da música tradicional. A profundidade
emotiva assume, para João Paulo, maior importância que o virtuosismo. Para o
pianista, emoção não tem a ver com volume. As suas publicações vão de CD a
solo a gravações com big bands. Também poeta e tradutor, traduziu
Shakespeare e Molière para o teatro, tem publicado regularmente os seus
livros de poesia e composto música em diálogo com outras artes, como
fotografia e cinema.
Neste contexto, Mário Franco é também a escolha
ideal para esta formação. Como músico muito ligado ao repertório clássico, o
seu som quente e suave é muitíssimo requisitado, o que leva a que colabore
com músicos de jazz bem conhecidos.
Tocando em outros trios, Samuel
Rohrer é um dos improvisadores com mais influência da sua geração, tendo a
experiência necessária para esta comunicação intuitiva com o contrabaixo e o
piano. Prova, mais uma vez, ser um ouvinte sensível que, intervindo
ativamente como músico, ajuda a manter e aumenta mesmo o fluxo de
ideias.
"Brightbird Trio" não é uma enésima variante na pletora de
trios de piano. Deixa, isso sim, o idioma puro do jazz aventurar-se noutros
territórios – bem acordado e perdido em sonhos.
João Paulo Esteves da Silva - piano | Mário Franco - contrabaixo | Samuel Rohrer - bateria
* O Programa Inclui 2 concertos duplos com duração de aproximadamente 45 minutos/cada sem intervalo (com 15 minutos para mudança de cena), acessíveis através de apenas um ingresso, e 1 concerto ao final da tarde de Domingo, com uma Orquestra de Jazz. Os concertos duplos possibilitam, na mesma sessão, a apresentação de diferentes projetos através dos quais se pretende destacar fundamentalmente as já mencionadas qualidades e diversidade estética.
Classificação etária: > 6
anos
Preço: 8,00 euros
A sua “casa” é o jazz, mas recusa encerrar-se lá dentro. Na sua música
podemos encontrar um pouco de quase tudo, porque não fecha as portas a quase
nada. Mário Laginha procura em vários lugares o material para construir o
seu próprio universo musical. Muito mais do que misturas, há assimilação. O
que se pode ouvir, no final, é... música.
Com uma carreira de mais de
três décadas, Mário Laginha é habitualmente conotado com o mundo do jazz.
Mas o universo musical que foi construindo é mais vasto, passando por
sonoridades brasileiras, indianas, africanas, pela pop e o rock, e pelas
bases clássicas que presidiram à sua formação.
Mário Laginha gravou um
único disco a solo, “Canções e Fugas”, mas tem sobretudo partilhado a sua
arte com outros músicos e criadores. Desde logo, com Maria João, com quem
gravou mais de uma dezena de discos. E também com Pedro Burmester, Bernardo
Sassetti, com quem cultivou grande cumplicidade e com músicos excecionais
como Trilok Gurtu, Gilberto Gil, Lenine, Ralph Towner, Manu Katché, Dino
Saluzzi, Kai Eckhardt, Julian Argüelles, Howard Johnson, André Mehmari ou
Django Bates.
A obra mais recente do Mário Laginha Trio - com Bernardo
Moreira e Alexandre Frazão - é “Mongrel”, a partir de temas originais de
Chopin, e “Iridescente” é a sua última aventura musical com Maria João. Em
finais de 2013, Mário Laginha e o seu Novo Trio lançaram “Terra Seca”, um
disco que desbrava novos caminhos para o jazz e a música portuguesa. Em
finais de 2015, retomou a colaboração com o pianista Pedro Burmester e em
Novembro de 2017, conjuntamente com os músicos Julian Argüelles e Helge
Norbakken editou em Inglaterra o álbum “Setembro”. Em 2018 inicia uma longa
tournée com Camané que culmina na gravação do álbum “Aqui Está-se
Sossegado”. Em 2019 e 2020 continua a atuar em Duo com Pedro Burmester, com
Camané e com o seu Trio, com o qual acaba de gravar um novo disco. Em
Outubro de 2020 edita o álbum “Atlântico”, o segundo do LAN TRIO (Laginha,
Argüelles, Norbakken).
*O programa inclui 2 concertos duplos com duração de aproximadamente 45 minutos/cada sem intervalo (com 15 minutos para mudanças de cena), acessíveis através de apenas um ingresso, e 1 concerto ao final da tarde de Domingo, com uma Orquestra de Jazz. Os concertos duplos possibilitam, na mesma sessão, a apresentação de diferentes projetos através dos quais se pretende destacar fundamentalmente as já mencionadas qualidade e diversidade estética.
Classificação etária: > 6
anos
Preço: 8,00 euros
O CORETO surge da iniciativa de João Pedro Brandão e desenvolve-se no coração
da Associação Porta-Jazz (Porto) com o objectivo de criar um “espaço” para a
exploração e concretização de repertório original e experimental num
contexto de "large ensemble". O grupo tem 4 álbuns editados, reconhecidos
pela crítica nacional e internacional, para além de repertório escrito por
vários compositores propositadamente para o ensemble, como são o caso de
Ohad Talmor, Torbjorn Zetterberg, Nuno Trocado, João Grilo, ou João
Mortágua.
Neste projecto, com nova música de João Pedro Brandão, o
Coreto vagueia entre a música escrita e improvisada, procurando espaços para
cada um dos músicos, realçando as suas vozes individuais e criando ambientes
em que as suas afinidades são cruciais.
[…] Modernidade, erudição,
engenho, música cheia, séria, sem concessões, Analog - que foi para mim o
melhor disco de Jazz nacional de 2017 - é um exemplo maior da maioridade do
Jazz que se faz em Portugal
in Jornal de Letras
Writing original music for a large jazz ensemble is challenging.
Allowing for this music enough freedom for an improviser’s voice even more
challenging. CORETO has achieved a brilliant balance between the written and
the improvised. The music is full of surprises, colors and ideas and is
beautifully served by inspired soloists. A rare feat in today’s culture!
Treat yourself to this music.
liner notes "Analog" por Ohad Talmor -
composer / saxophonist
João Pedro Brandão - saxofone alto, flauta, composição | José Pedro Coelho, Hugo Ciríaco - saxofone tenor | Rui Teixeira - saxofone barítono | Ricardo Formoso, Susana Santos Silva - trompete | Andreia Santos, Daniel Dias - trombone | AP - guitarra | Hugo Raro - piano | José Carlos Barbosa - contrabaixo | José Marrucho - bateria
* O programa inclui 2 concertos duplos com duração de aproximadamente 45 minutos/cada sem intervalo (com 15 minutos para mudanças de cena), acessíveis através de apenas um ingresso, e 1 concerto ao final da tarde de Domingo, com uma Orquestra de Jazz. Os concertos duplos possibilitam, na mesma sessão, a apresentação de diferentes projetos através dos quais se pretende destacar fundamentalmente as já mencionadas qualidade e diversidade estética.
Classificação etária: > 6
anos
Preço: 8,00 euros
"A Música de Duke Ellington"
A Orquestra de Jazz do Hot Clube de
Portugal (OJHCP) surgiu em 1991 reunindo alguns dos mais conceituados
músicos de jazz nacionais. Desde então, entre os inúmeros concertos em que
participou, podem-se destacar a inauguração da programação de Jazz na
Culturgest (Lisboa), tendo como solista o trompetista Freddie Hubbard, o
concerto com Maria João e Mário Laginha no Jazz em Agosto da Fundação
Calouste Gulbenkian e as colaborações com Benny Golson, Curtis Fuller e
Eddie Henderson. No centenário de Duke Ellington, apresentou-se com os
saxofonistas Mark Turner e John Ellis. Recriou as obras de Miles Davis/Gil
Evans Porgy and Bess e Sketches of Spain, sob a direção de Robert Sadin,
tendo como solistas os trompetistas Tim Hagans e Tom Harrel. Mais
recentemente, teve como convidados o saxofonista Joe Lovano, o compositor/
percussionista John Hollenbeck e o saxofonista/compositor Miguel
Zenón.
Dirigida por Luís Cunha, a OJHCP, tem integrado no seu
repertório vários compositores que vão desde contemporâneos como Kenny
Wheeler, Maria Schneider e John Hollenbeck, aos históricos Duke Ellington,
Count Basie, Thad Jones, Bob Brookmeyer ou Charles Mingus. Desde 2011, a
OJHCP tem vindo também a desenvolver um trabalho baseado em repertórios de
compositores nacionais. Em 2014, gravou música de António Pinho Vargas,
editado em disco com o título “A Dança dos Pássaros”.
Neste concerto
no Sintra Jazz 2021, dedicado à música de Duke Ellington, serão apresentados
temas dos anos 1930 a 1950, períodos contrastantes na obra do compositor.
Billy Strayhorn será também um nome em destaque. Muita desta música resulta
da colaboração direta entre Ellington e Strayhorn. Entre melodias mais
conhecidos e algumas "pérolas" escondidas, haverá espaço para uma grande
variedade estilística, com música detalhada, mas também improvisação,
nomeadamente por parte do saxofonista britânico Julian Argüelles, convidado
especial deste concerto. Perspetiva-se um excelente encerramento do Sintra
Jazz 2021 ao som da música de um dos maiores compositores do século XX.
Luís Cunha - Direção | Julian Argüelles (solista convidado) - saxofone tenor | Lars Arens, André Ribeiro, Claus Nymark - trombone | Gonçalo Marques, Tomás Pimentel, Johannes Krieger, Micael Pereira - trompete | Tomás Marques, Mateja Dolsak - saxofone alto | César Cardoso, João Capinha - saxofone tenor |Paulo Gaspar - saxofone, barítono, clarinete |Óscar Graça - piano |João Fragoso - contrabaixo | Pedro Felgar - bateria
* O Programa Inclui 2 concertos duplos com duração de aproximadamente 45 minutos/cada sem intervalo (com 15 minutos para mudança de cena), acessíveis através de apenas um ingresso, e 1 concerto ao final da tarde de Domingo, com uma Orquestra de Jazz. Os concertos duplos possibilitam, na mesma sessão, a apresentação de diferentes projetos através dos quais se pretende destacar fundamentalmente as já mencionadas qualidades e diversidade estética.
Classificação etária: > 6
anos
Preço: 8,00 euros